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28 de Março, 2024
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Se nada fizermos, podemos perder mais de metade de produção nacional de azeite.

azeite

No início deste mês, o sector nacional do azeite esteve reunido em Valpaços, para o Congresso Nacional do Azeite.

No momento em que o senhor Secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, discursava e destacava o notável desempenho do sector do azeite no nosso país na última década, vale a pena recordar o risco de perdermos 56% da produção nacional se nada fizermos no sentido de assegurar a protecção do olival face ao crescente número de doenças, pragas e infestantes.

Com um resultado global da exportação do azeite na ordem dos 434 milhões de euros em 2016, e a posição de destaque de Portugal em 7.º lugar entre os produtores mundiais, e em 4.º entre os países exportadores, está na altura de protegermos o nosso olival e de garantir as ferramentas de trabalho que os nossos produtores necessitam.

No estudo realizado pela Anipla em 2016 [Avaliação do Impacto Económico causado pela retirada de substâncias activas de culturas chave em Portugal] em parceria com produtores e associações de produtores, ficou evidente que, com a elevada probabilidade de várias substâncias activas, actualmente autorizadas na produção nacional, virem a ser proibidas num horizonte temporal mais ou menos alargado, o rendimento ao produtor poderia ser reduzido em mais de metade, o que teria um impacto nacional na ordem dos 170 milhões de euros.

Este estudo conclui que 56% da produção pode perder-se neste cenário, devido ao efeito conjugado ou individual quer do complexo de doenças quer da Mosca da Azeitona. Toda a restante produção ficará seriamente afectada reduzindo significativamente a qualidade do azeite. Por outro lado, nestas condições, será impossível produzir azeitona de mesa

Vale a pena considerar os factos.

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9 comentários

Ana Maria Pinto Ribeiro MB 31 de Maio, 2017 at 22:02

As pulverizações não param, dia e noite e estão a degradar a qualidade do ar que respiramos. Não se compreende com se autorizam instalações intensivas de fruteiras junto de habitações e empreendimentos turísticos.

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Anipla 6 de Junho, 2017 at 17:03

Olá Ana Maria, e obrigado pelo seu comentário.
Quando utilizados em segurança, os produtos fitofarmacêuticos, (tão essenciais para a protecção das plantas), são também seguros para o aplicador e para o meio ambiente. A sua utilização e testes são de tal forma rigorosos, que se prolongam por períodos de mínimos de 11 anos desde a sua investigação e desenvolvimento até à sua utilização.
Convidamo-la a conhecer o projecto “Cultivar a Segurança” (http://anipla.com/csprojeto.php), uma iniciativa da Indústria Fitofarmacêutica Europeia, que a Anipla desenvolve em Portugal desde 2005. Se tiver oportunidade, achamos que poderá também ter interesse em visitar a Smart Farm, na Companhia das Lezírias, uma quinta modelo para a demonstração prática sobre a moderna agricultura e as técnicas, tecnologias, equipamentos e as boas práticas.

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Atimati 15 de Agosto, 2017 at 12:32

Tretas. Porque é preciso usar máscara e fato para usar esses químicos?Afinal, matam ou não? Claro, a dose não mata um ser humano mas um pouco hoje, um pouco amanhã, e andamos a comer, respirar e a beber venenos

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Anipla 28 de Setembro, 2017 at 17:18

Olá Ana Maria, obrigada por levantar esta questão, pois permite-nos efetivamente esclarecer aqui a grande diferença entre perigo e risco. O equipamento de proteção individual recomendado na utilização dos produtos fitofarmacêuticos serve efetivamente para salvaguardar a segurança do aplicador. Quando os produtos são estudados, e é um estudo muito exaustivo, tal como referimos no comentário anterior, as boas práticas na sua utilização são fundamentais para tornar a sua utilização segura. Existe frequentemente muita confusão entre os conceitos de perigo e risco, que importa esclarecer. O perigo é uma propriedade intrínseca do produto, a exposição, depende exclusivamente da sua utilização. Se utilizarmos um produto fitofarmacêutico respeitando as orientações do rótulo e as boas práticas associadas, vamos minimizar a ocorrência de risco. E é essa função da utilização de equipamento de proteção individual. O mesmo se passa com muitos outros produtos de utilização diária, como por exemplo lixívias… se não tiver cuidados na utilização destes produtos, a probabilidade de ocorrer algum acidente é grande. Se por outro lado respeitar as indicações de utilização do mesmo, o risco é mínimo. Pode consultar mais informação sobre a utilização segura dos produtos fitofarmacêuticos aqui [http://anipla.com/cultivaraseguranca.php?id=1001].

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José Cunha 15 de Agosto, 2017 at 8:10

Quem fala em oliveiras, também, citrinos e outras espécies. O controle das doenças hoje, não significa total eficácia no futuro, porque haverá mais alguma “coisa laboratorial” que interessa colocar no ambiente. No presente fala-se na Xylella Fastidiosa e no terreno as respostas ficam longe das perguntas de quem é produtor com teorias de destruição e raios dessegurança absolutamente drásticos. Um viveiro respeitando todas as normas de segurança se tiver o azar de uma planta estar infectada, num raio de 10Km terá que ser tudo destruído…quem paga os prejuízos daquilo que foi investido?!…quem vai tratar as imensas árvores que nem alguns proprietários sabem que existem?!…
Enfim, falar teoricamente é muito fácil e se existem produtos para tratar que existam também para curar, para evitar de destruir árvores centenárias.
Interesses globais é aquilo que está mais presente nesta realidade…

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Anipla 28 de Setembro, 2017 at 17:15

Olá José Cunha, obrigada pelo seu comentário. A verdade é que os desafios são constantes e prevê-los de forma exaustiva e concreta é dificil, senão impossível. Desta forma entendemos e apoiamos a ideia de que é fundamental continura a apostar na ciência e na Investigação. É graças à ciência que se encontram soluções de combate a novas pragas e que se estudam as culturas mais adequadas, promovendo a biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos naturais, numa altura em que as alterações climáticas ameaçam, nomeadamente, aumentar os surtos de pragas.

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José Cunha 15 de Agosto, 2017 at 10:57

Pelo que noto, o comentário que fiz antes, não foi aceite, talvez porque as verdades não são de interesse…
Lamento imenso que a argumentação e luverdade deexpressão também não convivam convosco…

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Atimati 15 de Agosto, 2017 at 12:36

É preciso urgente acabar com as mono-culturas e aumentar a biodiversidade. Introduzir espécies que tragam auxilaires de volta aos pomares e hortas. Uma árvore doente não tem falta de medicamentos mas sim, de um sistema imunitário melhor. Uma com pragas não precisa de químicos mas sim de ser defendida por predadores da praga. Quanto mais pesticidas inventam, mais pragas e doenças aparecem. Só não vê quem anda a dormir e enfeitiçado com a propaganda dos laboratórios. Enfim, corrupção, ganância e ignorância há em todos os sectores

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Anipla 28 de Setembro, 2017 at 17:19

Bom dia José Cunha, obrigada pelo seu comentário. A ciência, a investigação e o desenvolvimento proporcionaram sofisticadas soluções fitofarmacêuticas, soluções que a agricultura moderna estabeleceu como ferramentas vitais. Utilizados de forma profissional os produtos fitofarmacêuticos são eficazes no combate aos inimigos das culturas. Tendo como base fundamental a aplicação de medidas de prevenção e as boas práticas agrícolas, existem diversas estratégias que podem ser utilizadas pelos agricultores para combater os inimigos das culturas de forma eficaz, otimizando os resultados da utilização de produtos fitofarmacêuticos e promovendo a biodiversidade: Práticas culturais; Produção integrada; Gestão de resistências. Mais informação aqui [http://fitosintese.pt/producao-integrada-agricultura-preserva-recursos-evita-excedentes/]

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