fitosíntese

Se nada fizermos, podemos perder mais de metade de produção nacional de azeite.

No início deste mês, o sector nacional do azeite esteve reunido em Valpaços, para o Congresso Nacional do Azeite.

No momento em que o senhor Secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, discursava e destacava o notável desempenho do sector do azeite no nosso país na última década, vale a pena recordar o risco de perdermos 56% da produção nacional se nada fizermos no sentido de assegurar a protecção do olival face ao crescente número de doenças, pragas e infestantes.

Com um resultado global da exportação do azeite na ordem dos 434 milhões de euros em 2016, e a posição de destaque de Portugal em 7.º lugar entre os produtores mundiais, e em 4.º entre os países exportadores, está na altura de protegermos o nosso olival e de garantir as ferramentas de trabalho que os nossos produtores necessitam.

No estudo realizado pela Anipla em 2016 [Avaliação do Impacto Económico causado pela retirada de substâncias activas de culturas chave em Portugal] em parceria com produtores e associações de produtores, ficou evidente que, com a elevada probabilidade de várias substâncias activas, actualmente autorizadas na produção nacional, virem a ser proibidas num horizonte temporal mais ou menos alargado, o rendimento ao produtor poderia ser reduzido em mais de metade, o que teria um impacto nacional na ordem dos 170 milhões de euros.

Este estudo conclui que 56% da produção pode perder-se neste cenário, devido ao efeito conjugado ou individual quer do complexo de doenças quer da Mosca da Azeitona. Toda a restante produção ficará seriamente afectada reduzindo significativamente a qualidade do azeite. Por outro lado, nestas condições, será impossível produzir azeitona de mesa

Vale a pena considerar os factos.