O estudo realizado pela Anipla em 2016 [Avaliação do Impacto Económico causado pela retirada de substâncias activas de culturas chave em Portugal] em parceria com produtores e associações de produtores, incidiu sobre o potencial impacto desta decisão no rendimento dos produtores das fileiras: videira/vinho, oliveira/azeite, milho/grão, pereira/rocha e tomate/indústria. O rendimento calculado ao nível do agricultor (dados provisionais de 2015) destas fileiras, no seu conjunto, ascende praticamente 1,5 mil milhões de euros, cerca de 40% do rendimento da produção vegetal nacional.
Portugal é o 4º maior exportador mundial de tomate, pelo que fica evidente que, com a elevada probabilidade de várias substâncias activas, actualmente autorizadas na produção nacional, virem a ser proibidas num horizonte temporal mais ou menos alargado, o rendimento ao produtor poderá ser drasticamente reduzido, com um impacto de quase 105 milhões de euros. Aplicando o mesmo exercício ao valor correspondente relativo ao concentrado de tomate, a quebra de rendimento poderá superar os 200 milhões de euros.
Considere os Factos.