De acordo com o Observatório do Tomate Portugal é o único país do mundo que exporta a quase totalidade da sua produção (95%). Em 2012, conquistámos o 4º lugar de maior exportador mundial, ultrapassando Espanha, e ficando logo a seguir à China, EUA e Itália – o que faz do nosso País o segundo maior exportador europeu.
Enquanto setor em constante crescimento, a transformação de tomate tem demonstrado a sua capacidade de responder às exigências de inovação. A qualidade do tomate nacional tem ultrapassado fronteiras, contribuindo para reforçar a importância estratégica e económica que este ramo representa para Portugal. Contudo, surgem diariamente novos desafios a que é necessário dar uma resposta efetiva.
De acordo com o GPP, em 2013 o valor de exportação ascendeu a 192,7 M€, com um saldo positivo de saídas-entradas de 179,5 M€. Estes números corresponderam, segundo a mesma fonte, à produção de uma área de cerca de 14.000 ha. Na campanha de 2015 a área cultivada deverá ter atingido cerca de 19.000 ha. Sendo que se pode considerar uma campanha normal no que diz respeito a produtividade, é de esperar que a exportação de tomate transformado possa atingir valores da ordem dos 260 M€.
No estudo realizado pela Anipla em 2016 [Avaliação do Impacto Económico causado pela retirada de substâncias activas de culturas chave em Portugal] em parceria com produtores e associações de produtores, ficou evidente que, com a elevada probabilidade de várias substâncias activas, actualmente autorizadas na produção nacional, virem a ser proibidas num horizonte temporal mais ou menos alargado, o rendimento ao produtor poderia ser drasticamente reduzido, com um impacto de quase 105 milhões de euros. Aplicando o mesmo exercício ao valor correspondente relativo ao concentrado de tomate, a quebra de rendimento poderia superar os 200 milhões de euros.
Este estudo conclui que 82% da produção pode perder-se neste cenário.
Vale a pena considerar os factos.