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25 de Abril, 2024
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O Vinho do Porto está bem e recomenda-se

Agosto está à porta, as férias passam a correr e setembro chega veloz para quem gosta de retirar da terra o fruto que mais tarde será vinho. Acontece com muitos vinhos e o vinho do Porto, cujas uvas são vindimadas à mão a partir de uma ampla variedade de castas tradicionais, a maioria delas nativas da região do Douro, não é exceção.

Ainda a vindima deste ano ia longe quando se ficou a saber que 2016 ia ficar na história como um ano excelente para o Vinho do Porto. Vários produtores declararam este ano “Vintage”, a maior distinção que pode ser atribuída a uma colheita de Porto.

Prova disso são as pontuações internacionais alcançadas. Desta vez, os Vintage 2016 da Taylor’s, Croft e Fonseca receberam as mais altas pontuações do crítico norte-americano James Suckling, fazendo disparar a sua procura no mercado, a ponto de ser preciso abrir um período de reservas pré-venda, antecipando a chegada dos vinhos no outono.

James Suckling, provador da revista Wine Spectator durante mais de 30 anos, na sua avaliação sobre os Vintage 2016, destaca a elevada qualidade, afirmando que este poderá ser um ano lendário para o vinho do Porto.

Ao Taylor’s Vintage 2016 atribuiu a pontuação máxima, 100 pontos. Na nota de prova oficial, o crítico diz que este é o melhor Taylor’s jovem que já provou. Contudo, recomenda uma espera mínima de 8 anos para ser aberto e mostrar todo o seu potencial, ou seja, a partir de 2025.

Já o Fonseca Vintage 2016 conquistou 98 pontos, sendo classificado como um vinho “impressionante” que nos “agarra”. Por último, o Croft Vintage 2016, que mereceu 97 pontos.

Estes vinhos têm quantidades muito limitadas: a Taylor’s teve uma tiragem de 74.400 garrafas, a Fonseca 58.800 e a Croft apenas 36.600.

Estas são notícias muito positivas para um setor importante na economia portuguesa. “Só o Vinho do Porto representa 40% das exportações portuguesas de vinhos e 61% das exportações de vinhos com denominação de origem”, escreve Manuel Cabral, Presidente do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, num artigo de opinião no Dinheiro Vivo.

Recorde que em 2016, a Anipla realizou em parceria com associações de produtores e entidades nacionais, um estudo sobre o potencial impacto da retirada de determinadas substâncias ativas na produção nacional e no rendimento dos produtores das fileiras, como a videira/vinho, oliveira/azeite, milho/grão, pereira/rocha e tomate/indústria.
Entre estas, destaque para o vinho, enquanto a fileira com maior peso neste conjunto, contando com 776 milhões de euros, ou seja, um pouco mais de 50% do total do grupo. Não menos importante é o valor que estas fileiras representam a nível de exportações: 1,500M€ (dados estimados de 2015).

Manuel Cabral reforça ainda o facto de 2017 ter ficado marcado pela chegada de Portugal ao 1.º lugar do ranking da comercialização, em valor. Depois do domínio da Grã-Bretanha, que em 1963 se viu ultrapassada pela França (ainda hoje no 1º. lugar em quantidade), no ano passado Portugal colocou-se na frente. (Consulte aqui dados mais recentes)

O turismo será, seguramente, a principal causa desta mudança”, afirma Manuel Cabral. Mas o consumidor nacional também está a descobrir este tesouro, muito graças às rotas vinhateiras que atraem cada vez mais admiradores. Por isso, não é de estranhar que em Setembro, os socalcos da Região do Douro se encham de pessoas para as vindimas. Muitas são as quintas que abrem as suas portas nesta altura para que visitantes e não só possam participar no processo desde a apanha, até ao lagar. Seja, pois, bem-vindo.

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