Cebolinho, Coentros, Salsa, Hortelã-Pimenta, Manjericão, Erva-Cidreira, Estragão, Funcho, Lúcia-Lima, Orégão, Rosmaninho, Salva ou Tomilho são só algumas das plantas aromáticas que constam de uma lista extensa, aconselhada por especialistas das mais diversas áreas ligadas à alimentação e à saúde, que vão desde chefs de cozinha, a médicos, passando por nutricionistas. É o caso do Ministério da Saúde que defende a “Utilização das ervas aromáticas ou ervas de cheiro na redução da ingestão do sal”, influenciando positivamente a saúde.
Mas esta é apenas uma pequena amostra do potencial das plantas aromáticas que, nos últimos anos, têm sido cultivadas em Portugal. As condições edafoclimáticas de cariz Mediterrânico verificadas em Portugal, são muito favoráveis a este tipo de culturas.
Embora ocupem ainda um espaço pequeno, quando comparado com outros setores agrícolas, as plantas aromáticas e medicinais (PAMs) têm apresentado uma dinâmica de crescimento interessante. O mercado internacional de PAMs é dominado pela China, Japão, Europa e Estados Unidos da América e apesar de ter sofrido algumas flutuações, a procura de plantas tem vindo a aumentar, principalmente por parte da indústria farmacêutica. A produção de PAMs em Portugal tem como principal destino a exportação, especialmente para países como o Reino Unido, Espanha, França e Alemanha.
Atualmente, o mercado mundial deste tipo de plantas vale cerca de 83 mil milhões de dólares e apresenta um crescimento constante, entre 3% e 12% ao ano. Para tal, contribuiu a crescente procura de setores como o agroalimentar, o farmacêutico, o químico ou o cosmético.
Por cá são vários os casos de sucesso de agricultores particulares ou associados a apostar nas plantas aromáticas. É o caso recente da Associação dos Jovens Agricultores da Madeira e Porto Santo (AJAMPS), que anunciou estar a trabalhar num projeto de produção de ervas aromáticas, com o objetivo de exportar 500 kg por semana de Manjericão fresco para o continente, por via aérea.